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Lourenço Bruschy, empresário e empreendedor a 100% que aposta em Portugal

O Lourenço é empresário e empreendedor, fundador do Sushi at Home (cadeia de lojas de takeaway e delivering de shushi), e ainda do Chiquinho ( cadeia de lojas de takeaway e delivering de frango no churrasco) e do We Poke, um restaurante de bowls no centro comercial Armazéns do Chiado). Para além disso é cofundador da marca Panana ( projeto de economia circular) e mais recentemente inaugurou um projeto de turismo rural, a Casa do Retiro.

Lourenço Bruschy é ainda parceiro da Associação Surf Social Wave, onde contribui com o seu know how na área do empreendedorismo no Programa Cascais Surf para a Empregabilidade.



És um empreendedor. Tens negócios na área da restauração e agora mais recente do turismo. O que é que te motiva a criar e a desenvolver novos projetos?


Antes demais gostava de dizer que acredito que todos os portugueses têm ótimas capacidades para poderem empreender e criar valor neste país espetacular. Infelizmente, a pobreza em Portugal, leva a nossa sociedade a viver em modo de sobrevivência, ou seja, uma sociedade que vive mais do “eu” e não do “nós” (como diz o Professor Costa e Silva). Quando estamos em modo “sobrevivência”, não somos participativos na sociedade a fim de termos disponibilidade física e mental para criar valor no nosso País e conseguirmos empreender em cooperação de forma a ter uma economia de mais valor e competitiva.

O facto do meu primeiro negócio me ter dado qualidade de vida, não só financeiramente, mas sobretudo a nível de disponibilidade de tempo, incentivou-me a poder ser participativo no mundo do empreendedorismo e juntar-me com outras pessoas para conseguir expandir o meu leque de projetos/negócios.

A visão de podermos vir a ter uma economia muito competitiva de futuro em Portugal e o facto dessa economia poder vir a contribuir para uma melhor qualidade de vida para todos os portugueses e por essa razão, para a sua felicidade, é o que me motiva a criar e a desenvolver novos projetos.

“Na dúvida atira-te” é uma frase pela qual te guias. O que significa?


Na fase inicial do meu primeiro projeto, lembro-me que queria ter tudo a 1000% antes de lançar o mesmo. Várias dúvidas persistiam e atrasavam as minhas decisões. Queria sempre ter a certeza que o mais ínfimo pormenor estava controlado! Felizmente, percebi ao longo do meu percurso, que todos os negócios estão em constante evolução e que não se iniciam no seu estado mais maduro! As pessoas arranjam mil e uma desculpas para não se “atirarem” para o seu projeto e, na maioria das vezes, já com uma ideia de negócio consolidada e o seu modelo de negócio bem montado. O medo gera dúvidas e as dúvidas geram inercia (não conseguir decidir). Sou apologista (como digo sempre), de que decidir algo mal é melhor do que não decidir nada.

“Na dúvida atira-te”, acaba por ser um mote que utilizo como incentivo. Este mote não é obviamente para quem tem apenas uma ideia superficial de negócio, mas para quem (à semelhança dos candidatos da ASSW) tem algo já estruturado! Há dúvidas que só podem ser eliminadas depois de nos “atirarmos”, outras que vão desaparecendo conforme vamos andando para a frente e outras que nunca se eliminarão. Não sei por exemplo, se o Sushi at Home vai durar para sempre!? É uma dúvida que terei até eventualmente a empresa não existir um dia.

O medo gera dúvidas e as dúvidas geram inação! Temos de ser capazes de eliminar as nossas dúvidas core/primárias para posteriormente sermos capazes de encontrar o timing perfeito para nos “atirarmos” mesmo com algumas dúvidas.


Sabemos que tens feito um esforço para promover Portugal e os produtos portugueses. Podes falar-nos sobre isso e que importância tem para ti?


Sou muito patriota e acredito muito no potencial de Portugal e dos Portugueses como tenho dado nota nesta entrevista. Infelizmente, acho que vivemos um período onde nos falta autoestima/confiança e um período (como mencionei em cima) que tem sido assombrado pela pobreza. Os portugueses têm imensas capacidades e é por essa razão que o seu trabalho e skills são muito valorizados no estrangeiro. Os portugueses não podem ser só preguiçosos em Portugal e no estrangeiro serem extraordinários (não faz sentido).

Por saber do grande potencial que os portugueses têm, como também os nossos produtos, tenho tentado incentivar pessoas próximas de mim a criarem mais valor em Portugal de forma estimularem a economia portuguesa e por sua vez atingirem também uma melhor qualidade de vida.


Em 2019 o Sushi at Home deu um passo exemplar na sustentabilidade ao mudar para embalagens de cartão recicláveis. A sustentabilidade é um valor que procuras nos teus projetos?


Sem dúvida que a sustentabilidade é um valor que tenho bem assente! No caso do Sushi at Home, não só mudamos as caixinhas de sushi para 100% cartão, como deixamos de vender bebidas engarrafadas em plástico como água(abdicando de uma receita) incentivando os clientes a beberem água das torneiras de casa. Para além disso estamos a produzir o nosso próprio arroz em Portugal, ao invés de vir de Itália, bem como vários molhos que mandávamos vir da Asia (molho de soja, agridoce, vinagre de arroz e teriyaki) que confecionamos também com uma fábrica portuguesa parceira.

Acredito que podemos produzir quase todos os produtos em Portugal, com melhor qualidade e a preços mais competitivos. Ao mesmo tempo estamos a apostar na indústria portuguesa (selo de produtos confecionado em Portugal) e apostar também na sustentabilidade uma vez que todos estes produtos são fabricados no nosso país.

Julgo que se todos os empresários pensarem desta forma, podemos sem dúvida alguma dar um boost à economia portuguesa e criar por outro lado mais postos de trabalho.

Qual é o papel que desempenhas na Associação Surf Social Wave? E porque é que te ligaste a este projeto?

O meu papel na Associação acaba por ser meramente de apoio , principalmente como Orador na matéria de Empreendedorismo. Gosto de incentivar os candidatos do programa a “atirarem-se” para os seus magníficos projetos.

A razão de me ter relacionado com o projeto foi o facto de me ter identificado com o mentor da ASSW, António Pedro, que tem imenso valor e um entusiasmo enorme para que todos os programas sejam possíveis de ser concretizados. A visão do António e esse entusiasmo levaram-me a querer fazer parte deste projeto pioneiro e que vai para a 7 edição.

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